Você passa a vida toda estudando,
entra em uma boa faculdade, passa no processo seletivo de grandes
empresas...empresas dos sonhos! Sempre acreditou que essa a receita do bolo
mais gostoso, sim, aquele que sua vó fazia para você quando pequeno, a receita
da felicidade!
O engraçado é que quando senta na
mesa do trabalho, com aquela pilha de papeis, pensa: que saco! Peraí! Não era
para estar tudo perfeito? Era! Era? Acho que a resposta desta pergunta seria “sim”,
mas sinceramente não me encaixo nela. Não tô nesse mundo enorme para passar
pela vida, tô aqui para vivê-la! E hoje acho que isso não se resume a acordar
de manhã para o trabalho maçante atrás de uma mesa, ir para a faculdade (onde
de tudo que você aprendeu vai aplicar 20%), chegar acabada em casa e se
preparar para o repeat.
No início desse ano começou o
siricutico: estava agoniada em minha realidade, bateu uns 5 minutos de loucura –
suficientes para comprar uma passagem pra Argentina (décime que se siente...) por poucos dias -, mas o
bastante para passar um tempo sozinha, um tempo comigo, e me sentir muitíssimo
bem conhecendo e observando pessoas, lugares, sotaques... Nessa ocasião
descobri o significado da palavra Ecdemomania. Googla aí! ;)
Comecei a dar uma forma menos
abstrata nisso quando conheci um holandês de passagem pelo Brasil, que após
terminar seu MBA, fez um mochilão pela América Latina. Ele me disse que se
sentia preso no seu atual trabalho e precisava daquela viagem em um lugar tão
diferente da sua casa, da sua cultura. Tá aí! Me identifiquei! Me sentia presa
onde estava! Desculpa pessoal, me sinto presa! (Ainda estou no Brasil). Alguns
dias nos Hermanos não foram suficientes para suprir aquela necessidade da vida que
me aguarda! (Ali! Sim, passando o Duty Free Shop!) Quando olhei para ele fiquei
com aquela vontade de pegar a mochila e ir viajar também! Mas por quê?
Opa! Peraí! Essa não é a pergunta
certa! Por que não?
É verdade! Por que não?
Não vou mentir. O holandês quando
partiu, em agosto, levou consigo meu coração e uma promessa minha: tô indo logo
atrás de você, viu!
Tão é verdade, que hoje, 1 meses
depois, já me inscrevi em um programa de Au Pair e só estou aguardando uma
família holandesa me “adotar”.
Não foi uma decisão tão fácil assim:
- Mãe, tô saindo!
- Pra onde, filha?
- Pra Holanda!
- Oi?
Próximo post falo do processo árduo até o tão esperado: Você está online!
Bom, se estivesse tudo bem
aqui, eu não largaria emprego em multi nacional, segunda graduação na metade,
curso do 3º idioma no meio...
Não tô falando que para ser Au Pair
você tem que estar de saco cheio da sua rotina! Pera lá! Tô falando que depois
de passar por tanta coisa (receitinha de vovó), acho que vou encontrar a
felicidade - pelo menos por enquanto - cuidando de algumas kids! Ironia, será?
Quero encontrar o boy magia aí de
cima? Quero! Mas antes quero me achar! O programa de Au Pair na Holanda me
permite ficar lá com esse visto por um ano. Um ano para viajar pelo país.
Um ano para viajar pelo continente. Um ano para se divertir e se estressar com
as kids. Um ano para sentir saudade. Um ano para chorar muito, e para sorrir
demais! Um ano para fugir da minha realidade, e para encontrar meu sonho!
Parque Keukenhof (existe mesmo, viu?)
Porque lá atrás, quando você era
criança, eles te perguntavam o que você queria ser quando crescer. Não vem me
dizer que você respondia que queria ser diretor de uma multi nacional, porque eu
sei que é mentira! (A-há) Você até podia responder que queria ser astronauta,
cantor, dançarina, etc, mas no fundo mesmo o que você queria responder era:
quero ser feliz, mãe!
É o que eu quero e acho que você
também! (Não é?) Ah, eu sou desassossegada demais para ficar aqui! Ficou na
dúvida se é também? Dá uma olhada no texto top da Martha Medeiros, “A Raça dos Desassossegados”, vai que se encaixa...
E mesmo que não se encaixar, não se
acomode! Porque se você acha que já tem uma resposta para o que quer fazer da
vida, é porque você está no caminho errado. O sentido da vida é exatamente o
contrário. É buscar as perguntas. É se questionar. Por que não, dar
uma pausa? E enquanto isso, escolha um trabalho que gire em torno da sua vida e
não o contrário.
Um beijo grande,
Meu Instagram
Meu Facebook
bruna.venturinelli@gmail.com
Um beijo grande,
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bruna.venturinelli@gmail.com
Adorei o post Bru! Tirou as palavras da nossa boca hahaha
ResponderExcluirVamos ser feliz na terra laranja, pedalar muito e comer queijo gouda, bjo!
xx
Obrigadinha, Juliane Silva! Vamos ser muuuitos felizes lá! ;) Amo queijo e vinho, meldels!! Beijos!
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