terça-feira, 16 de setembro de 2014

À Procura da Felicidade – Bruna Venturinelli

Você passa a vida toda estudando, entra em uma boa faculdade, passa no processo seletivo de grandes empresas...empresas dos sonhos! Sempre acreditou que essa a receita do bolo mais gostoso, sim, aquele que sua vó fazia para você quando pequeno, a receita da felicidade!
O engraçado é que quando senta na mesa do trabalho, com aquela pilha de papeis, pensa: que saco! Peraí! Não era para estar tudo perfeito? Era! Era? Acho que a resposta desta pergunta seria “sim”, mas sinceramente não me encaixo nela. Não nesse mundo enorme para passar pela vida, aqui para vivê-la! E hoje acho que isso não se resume a acordar de manhã para o trabalho maçante atrás de uma mesa, ir para a faculdade (onde de tudo que você aprendeu vai aplicar 20%), chegar acabada em casa e se preparar para o repeat.




No início desse ano começou o siricutico: estava agoniada em minha realidade, bateu uns 5 minutos de loucura – suficientes para comprar uma passagem pra Argentina (décime que se siente...) por poucos dias -, mas o bastante para passar um tempo sozinha, um tempo comigo, e me sentir muitíssimo bem conhecendo e observando pessoas, lugares, sotaques... Nessa ocasião descobri o significado da palavra Ecdemomania. Googla aí! ;)

Comecei a dar uma forma menos abstrata nisso quando conheci um holandês de passagem pelo Brasil, que após terminar seu MBA, fez um mochilão pela América Latina. Ele me disse que se sentia preso no seu atual trabalho e precisava daquela viagem em um lugar tão diferente da sua casa, da sua cultura. Tá aí! Me identifiquei! Me sentia presa onde estava! Desculpa pessoal, me sinto presa! (Ainda estou no Brasil). Alguns dias nos Hermanos não foram suficientes para suprir aquela necessidade da vida que me aguarda! (Ali! Sim, passando o Duty Free Shop!) Quando olhei para ele fiquei com aquela vontade de pegar a mochila e ir viajar também! Mas por quê?
Opa! Peraí! Essa não é a pergunta certa! Por que não?
É verdade! Por que não?

Não vou mentir. O holandês quando partiu, em agosto, levou consigo meu coração e uma promessa minha: tô indo logo atrás de você, viu!
Tão é verdade, que hoje, 1 meses depois, já me inscrevi em um programa de Au Pair e só estou aguardando uma família holandesa me “adotar”.

Não foi uma decisão tão fácil assim:
- Mãe, saindo!
- Pra onde, filha?
- Pra Holanda!
- Oi?

Próximo post falo do processo árduo até o tão esperado: Você está online!

Bom, se estivesse tudo bem aqui, eu não largaria emprego em multi nacional, segunda graduação na metade, curso do 3º idioma no meio...
Não tô falando que para ser Au Pair você tem que estar de saco cheio da sua rotina! Pera lá! falando que depois de passar por tanta coisa (receitinha de vovó), acho que vou encontrar a felicidade - pelo menos por enquanto - cuidando de algumas kids! Ironia, será?

Quero encontrar o boy magia aí de cima? Quero! Mas antes quero me achar! O programa de Au Pair na Holanda me permite ficar lá com esse visto por um ano. Um ano para viajar pelo país. Um ano para viajar pelo continente. Um ano para se divertir e se estressar com as kids. Um ano para sentir saudade. Um ano para chorar muito, e para sorrir demais! Um ano para fugir da minha realidade, e para encontrar meu sonho!


Parque Keukenhof (existe mesmo, viu?)

Porque lá atrás, quando você era criança, eles te perguntavam o que você queria ser quando crescer. Não vem me dizer que você respondia que queria ser diretor de uma multi nacional, porque eu sei que é mentira! (A-há) Você até podia responder que queria ser astronauta, cantor, dançarina, etc, mas no fundo mesmo o que você queria responder era: quero ser feliz, mãe!




É o que eu quero e acho que você também! (Não é?) Ah, eu sou desassossegada demais para ficar aqui! Ficou na dúvida se é também? Dá uma olhada no texto top da Martha Medeiros, “A Raça dos Desassossegados”, vai que se encaixa...


E mesmo que não se encaixar, não se acomode! Porque se você acha que já tem uma resposta para o que quer fazer da vida, é porque você está no caminho errado. O sentido da vida é exatamente o contrário. É buscar as perguntas. É se questionar. Por que não, dar uma pausa? E enquanto isso, escolha um trabalho que gire em torno da sua vida e não o contrário.

Um beijo grande,

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bruna.venturinelli@gmail.com

2 comentários:

  1. Adorei o post Bru! Tirou as palavras da nossa boca hahaha
    Vamos ser feliz na terra laranja, pedalar muito e comer queijo gouda, bjo!
    xx

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  2. Obrigadinha, Juliane Silva! Vamos ser muuuitos felizes lá! ;) Amo queijo e vinho, meldels!! Beijos!

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